Martin Grajewski nasceu na Polônia em 10 de outubro de 1889, filho de Friedrich e Regina Grajewski. Após migrar para a Alemanha, casou-se com Elsa Hedwig Martha Teske.

Ambos eram alfaiates e donos de uma pequena alfaiataria. Martin também era professor na escola bíblica dominical da Igreja Batista, reconhecido por suas habilidades em liderança e ensino. Teve seis filhos com Elsa, dos quais quatro meninas sobreviveram: Cristel, Liselote, Wally e Erica. Dois meninos faleceram na infância.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Martin ficou afastado da família por quatro anos. Temendo novas guerras, emigrou para o Brasil em 1926. Em Novo Machado, destacou-se como o mais qualificado para alfabetizar crianças. A comunidade construiu uma pequena escola de madeira onde Martin, voluntariamente e sem remuneração, ensinava em alemão, usando livros trazidos da Alemanha. Entre 1926 e 1931, alfabetizou filhos de imigrantes e descendentes sem assistência governamental. Já no Estado Novo, enterrou livros em alemão para protegê-los da destruição. Em 1931, mudou-se para Colônia Guarani e, posteriormente, para Ijuí, onde continuou seu trabalho educacional. O esforço da comunidade de Novo Machado na criação de uma escola mostra a prioridade dada à educação, mesmo em circunstâncias adversas. Faleceu em Ijuí-RS, em 20 de novembro de 1965.